Conforme Coelho e Natalli (2013) recentemente foram realizadas pesquisas, e os estudos apontam que hoje aproximadamente 70% das pessoas acima de 60 anos não praticam nenhuma atividade física. Fato assustador, considerando-se que o sedentarismo aumenta mais as chances de um ataque cardíaco, câncer e acidentes vasculares na pessoa idosa, pois suas condições físicas já não são as mesmas de quando jovem. Nesse contexto, recomenda-se que as atividades físicas sejam praticadas, sendo a musculação a mais apropriada para o idoso.
Lopes et al. (2015) mencionam que o treinamento de força oportuniza benefícios inegáveis aos idosos, dentre os quais podem ser citados: o aumento da massa muscular, da massa óssea, aumento da mobilidade articular, aumento da taxa metabólica, redução de tecido adiposo, aumento da sensibilidade à insulina, proteção de articulações anatomicamente instáveis, considera-se que também, diminui significativamente os processos degenerativos ou inflamatórios, a pessoa idosa se torna mais independente, passa a ter menos quedas, tornam se mais confiantes, reduz a pressão arterial entre outros benefícios essenciais para uma vida de saudável.
Entretanto, a musculação ou qualquer outra atividade de força envolvendo pessoa idosa precisa ser acompanhada por uma pessoa que tenha um profundo conhecimento de todas as alterações fisiológicas associadas à idade, devem-se considerar os riscos desse tipo de atividade. Exames médicos são necessários para dar mais segurança (COELHO; NATALLI, 2013).
Para Lopes et al. (2015) é importante sistematizar e controlar bem o treinamento com pesos para que eles possam trazer benefícios aos idosos. Nesse sentido, os exercícios com pesos devem ser adaptados às condições físicas de cada individuo, Pessoas que não estão aptas a ficar de pé ou mesmo de caminhar devem realizar exercícios com pesos no próprio leito, podendo realizá-los até mesmo nos hospitais.
Rocha (2013) declara que a musculação, ou seja, os exercícios com pesos do ponto de vista funcional oportunizam relevantes qualidades de aptidão, compondo uma das mais complexas formas de preparação física. Os exercícios com pesos caracterizam-se pela facilidade de adaptação à condição física de cada pessoa, o que viabiliza o treinamento de pacientes que estejam debilitados ou hospitalizados, outro fator importante é que os exercícios com pesos não apresentam grandes riscos de lesões e traumas.
Brito (2001) declara que os exercícios de musculação em pessoas da terceira idade são eficientes e produzem resultados positivos, dentre os quais: a redução da sacopenia que é a diminuição da função da musculatura esquelética promove a melhora da marcha, reduzindo os riscos de queda, garantindo mais autonomia para a realização de atividades diárias.
Segundo Litvoc e Brito (2004) apesar de pouco indicada pelos médicos a musculação é uma atividade física para as pessoas que estão entrando na fase da terceira idade. Os praticantes notam de imediato os ganhos com essa atividade, pois o treinamento com pesos é muito eficaz não só na prevenção, mas também no tratamento de doenças como a osteopenia e osteoporose, obesidade, hipertensão arterial e diabetes. Através da musculação as pessoas idosas poderão aumentar cada vez mais as esperanças de vida ativa, saudável e qualitativa. Pois deixará de ser dependente ao ganhar força muscular, aumentar a marcha e minimizar os problemas de saúde.
Conforme ressalta Brito (2001) as atividades que envolvem musculação em idosos são eficientes e apresentam bons resultados, sendo muitos os benefícios promovidos, dentre os quais, a redução da sarcopenia que é a diminuição da função da musculatura esquelética e a melhora da marcha. O fortalecimento da musculatura reduz os riscos de quedas e maior autonomia na realização das atividades diárias.
A maior vantagem do treinamento de força a nível morfológico reside na desaceleração do processo de perda de massa muscular ocorrido com envelhecimento. A maioria das pessoas vai se tornando fraca devida a perda da densidade óssea, e por isso, estão sujeitas a quedas e fraturas. A osteoporose afeta geralmente as vértebras lombares, os processos estilóides da articulação do punho e a articulação do quadril. Entretanto, estudos realizados têm evidenciado que a musculação aumenta a densidade mineral óssea (DUNCAN NETO, 2009).
Segundo Almeida (2010) quando uma pessoa idosa busca a prática de exercícios físicos em academia, ele não procura somente a saúde, mas também a socialização. Frequentar esse espaço é um caminho para sair do isolamento social, da solidão, sendo importante frisar que a interação nesse meio é fundamental na garantia da qualidade e manutenção de vida, pois esse suporte social influência a pessoa a se manter fisicamente ativa. Nesse contexto, a musculação é de grande importância, pois além de oportunizar o convívio social, também estimula o ganho de massa muscular, fortalece os ossos e recupera os movimentos, sendo, um meio pelo qual o individuo passa do processo de envelhecimento normal para um mais saudável, o que contribui para a amenização dos problemas de saúde e oportuniza-lhes uma vida ativa, tranquila e livre de doenças.
Conforme Matsudo et al., (2001) a capacidade funcional é um conceito de fundamental importância quando se trata do envelhecimento e sua relação com a saúde, com a disposição física e com a qualidade de vida. Entretanto, para que a pessoa idosa consiga manter esse estado funcional é preciso praticar regularmente exercícios físicos com ênfase na musculação, pois essa modalidade física garantes benefícios fundamentais para a saúde e longevidade, dentre os quais: flexibilidade e força, aumento da densidade óssea evitando osteoporose, diminuição da gordura corporal, redução nas dores articulares, melhora da autoestima, diminuição das doenças crônicas, aumento da tonicidade e postural corporal.
Rocha (2013) afirma que o treinamento de força é muito indicado para o idoso devido a capacidade adaptativa fisiológica que ele oferece ao individuo da terceira idade comparado com os mais jovens. A musculação promove melhoras na capacidade funcional possibilitando que a pessoa continue a desempenhar suas atividades diárias, pois melhora a força muscular, diminui os riscos de quedas e melhora as condições de vida.
A musculação age como ação preventiva e curativa. Previne várias doenças que acometem o físico e a mente das pessoas da terceira idade. Ao praticar musculação a pessoa idosa acaba ganhando mais qualidade e anos de vida, na medida em que fortalecem os ossos, os músculos, ganhos de força, resistência, equilíbrio e autonomia para executar suas tarefas diárias. Entende-se que a atividade envolvendo musculação ajuda na prevenção de diabetes, doenças cardiovasculares, evita demência, entre outras que prejudicam a qualidade de vida do idoso.
A musculação ou treinamento de força proporciona maior autonomia ao idoso, ou seja, ele adquire independência funcional, mais vitalidade para realizar suas tarefas diárias. Nesse sentido, é relevante que estudos e pesquisas visando incentivar a prática da musculação direcionada a população idosa tenha continuidade, objetivando demonstrar os inúmeros benefícios adquiridos com esses exercícios.
BRITO, F C. MARCOS NETTO, P. Urgências em geriatria: Epidemiologia, fisiopatologia, quadro clínico, controle terapêutico. São Paulo: Atheneu, 2001.
CAVALINHO, H. J. V. Os benefícios da atividade física para o envelhecimento saudável: analise da Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2008-2012)
COELHO, H. N.; NATALLI, B. V. A. Benefícios da musculação na terceira idade. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 15, n. 148, set. 2010.
DUCAM NETO, L. G. W. Os benefícios do treinamento de força no processo de envelhecimento: estudo de revisão de artigos científicos. Monografia (Educação Física) Bacharelado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS. Porto Alegre, 2009.
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