sábado, 11 de novembro de 2017

Suplementação da proteína da ervilha como fonte alternativa para hipertrofia muscular

Introdução
    Estudos demonstram que dietas vegetarianas podem propiciar inúmeros benefícios aos seus adeptos, além de prevenir e otimizar o tratamento de diversas doenças crônicas (Pimentel, 2014; Craig, 2010; Craig & Mangels, 2009). Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) em 2011 demonstrou que 8% da população brasileira são adeptos a dietas vegetarianas. Assim, indivíduos vegetarianos que realizam treinamento de força com objetivo de aumentar a massa muscular, possivelmente não consomem quantidades adequadas de proteínas de alto valor biológico, encontradas principalmente nos alimentos de origem animal e que são de extrema importância para o processo de hipertrofia muscular. Sabendo-se disso, fontes alternativas de proteínas devem ser consumidas por esses indivíduos. Diante disso, estudos têm pesquisado alimentos alternativos que possam suprir esta demanda proteica em indivíduos vegetarianos.
    Neste sentido, a proteína isolada da ervilha vem sendo considerada como um recurso ergogênico efetivo para à hipertrofia muscular (Babault, 2015). Este artigo de revisão teve como objetivo identificar a partir das evidências existentes, os possíveis mecanismos pelos quais a proteína da ervilha pode contribuir para hipertrofia muscular em resposta ao treinamento resistido.
Material e métodos
    Foi realizada uma busca nas bases de dados Medline, Scielo e Scholar sobre artigos que apresentassem em seu conteúdo suplementação com proteínas da ervilha e resposta de hipertrofia muscular associada. Da imensa quantidade de artigos encontrados, selecionamos os principais estudos, que por sua qualidade de informações, não haveria perda de conhecimento pela exclusão de vários outros artigos. Assim, o presente estudo de revisão consta de 47 artigos científicos.
Resultados e discussão
Treinamento de força, suplementação de aminoácidos e síntese proteica
    Diversos estudos demonstram que o treinamento resistido reduz o percentual de gordura corporal e causa hipertrofia muscular (Hamasaki, 2015; Nader, 2014). A hipertrofia muscular esquelética é caracterizada pelo aumento da área de secção transversa do músculo por meio da síntese de novas estruturas envolvidas na contração muscular (Glass, 2005; Goldspink, 2003).
    É bem estabelecido que a deformação mecânica das fibras musculares causada pelo treinamento de força é capaz de estimular a via de sinalização da mTOR, classicamente conhecida por regular a síntese proteica muscular (Spiering, 2008). Outros mecanismos envolvidos na ativação da mTOR incluem estímulos extracelulares como a insulina e o IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina) que podem fosforilar a Akt (proteína quinase B) que por sua vez fosforila a mTOR (Kimbal et al., 2006).
    A mTOR pode estimular a síntese proteica por meio da regulação que exerce sobre três proteínas: a proteína quinase ribossomal S6 de 70 kDA (p70S6k), a proteína 1 ligante do fator de iniciação eucariótico 4E (4E-BP1), e o fator de iniciação eucariótico 4G (eIF4G) (Anthony, 2001; Anthony, 2000). O aumento da fosforilação da 4EBP-1, contribui para o processo de síntese proteica através da liberação do fator de iniciação eucariótico 4E (eIF4E), o que favorece a formação do complexo eIF4F e interação subsequente do mRNA com a subunidade ribossomal 40S, dando início ao processo de tradução (Tee & Blenis, 2005). A p70S6k, quando fosforilada, inativa a enzima quinase do fator de elongação 2 (eEF2K), permitindo assim, que o eEF2 seja ativado, o que promove a elongação da síntese proteica (Kimball, 2006).
    Os aminoácidos de cadeia ramificada (ACR), como por exemplo, leucina, valina e isoleucina (Marchin, 1998; Wagenmakers, 1998) desempenham papel importante na ativação da sinalização da síntese proteica muscular. O aminoácido leucina é considerado o principal ACR capaz de estimular a síntese proteica muscular, no entanto, já foi demonstrado que a suplementação isolada de leucina pode causar um desequilíbrio na concentração de aminoácidos plasmáticos, indicando um efeito antagônico sobre a aminoacidemia (Verhoeven, 2009). Ademais, o anabolismo proteico muscular é maior quando o uso de leucina é administrado em associação com outros ACR, evidenciando que a suplementação de leucina de forma isolada pode ser pouco eficiente para otimização do processo de hipertrofia muscular (Verhoeven, 2009; Leenders, 2011; Nicastro, 2012). Além de desempenhar papel anabólico, estudos sugerem que os ACR possuem efeitos anti-catabólicos devido à capacidade inibidora exercida sobre a via proteolítica ubiquitina proteassoma. Este sistema proteolítico é sugerido como o principal sistema envolvido na atrofia muscular durante estados catabólicos (Da Luz, 2012; Nicastro, 2011; Lecker, 1999).
    Dessa forma, a ingestão de ACR associados ao treinamento resistido pode estimular a ativação de vias anabólicas e inibir a atividade de vias catabólicas contribuindo para o processo de hipertrofia muscular.
Benefícios da ervilha para saúde humana
    A ervilha é uma leguminosa retirada de vagens da espécie Pisum sativum de origem europeia, que oferece vários benefícios à saúde (Dantas, 2011), uma vez que apresenta níveis de proteína bruta ao redor de 20-25%, carboidratos complexos e sais minerais (cálcio, magnésio, fósforo, potássio, e zinco), além de ser fonte de vitamina C (Taco, 2006).
    Existem evidências de que o consumo de fibras obtidas a partir da ervilha podem otimizar a função gastrointestinal (Veenstra, 2010) e reduzir as concentrações plasmáticas de triglicérides tanto na condição de jejum como após as refeições (Sandstrom, 1994). Marinangeli (2009) comparara alimentos sintetizados a partir da farinha de trigo com alimentos à base de farinha da ervilha. Os resultados demonstraram que alimentos feitos a partir da farinha da ervilha promoveram redução da glicemia pós-prandial quando comparados com alimentos a base de farinha de trigo. Estes resultados indicam que a farinha da ervilha pode ser utilizada para produzir alimentos de baixo índice glicêmico, podendo ter aplicação importante no tratamento do diabetes tipo 2. Além disso, estudos demonstram que a proteína da ervilha é extremamente eficiente na indução de saciedade, podendo dessa forma, contribuir para o processo de emagrecimento (Abou-Samra, 2011; Diepvens, 2008). Dahl (2012) sugere que a metabolização da ervilha pode gerar peptídeos bioativos com diferentes propriedades funcionais. Dentre os efeitos bioativos da ervilha destaca-se a inibição da enzima conversora de angiotensina, classicamente conhecida por regular o aumento da pressão arterial (Vermeirssen, 2004), poderoso efeito antioxidante e melhora da função gastrointestinal (Hagerman,1998).
Ervilha como proteína alternativa para hipertrofia muscular
    Atualmente proteínas de origem vegetal vêm sendo cogitadas como fonte alternativa para as proteínas de origem animal (Abou-Samra, 2011).
    Mitchell (2015) comparou os efeitos do treinamento resistido associado à suplementação de proteína da soja ou whey protein sobre a fosforilação da p70S6K. Os resultados demonstraram que a suplementação de whey protein promoveu fosforilação da p70S6K por maior tempo em comparação com a proteína da soja. Ademais, outros estudos demonstraram que a suplementação de soja não causa efeitos importantes sobre a síntese proteica (Yang, 2012; Tang, 2009) evidenciando que a suplementação de proteína da soja é pouco eficaz para hipertrofia muscular.
    A ervilha é uma fonte potencialmente rica em carboidratos e proteínas. Os carboidratos são estocados principalmente na forma de amido e representam aproximadamente 52% do total da semente. Os lipídeos representam cerca de 6% das reservas da semente enquanto as proteínas representam em torno de 25% da massa total das sementes de ervilha (Bewley & Black, 1995). Yang (2012) demonstraram que a proteína da ervilha possui elevada qualidade nutricional, com alta biodisponibilidade e um índice de digestibilidade de 92,8%, valor semelhante ao das proteínas do ovo, caseína e soja.
    O consumo de ervilhas pode ocorrer nas formas: fresca, seca, congelada, enlatada e recentemente, as indústrias de suplementos alimentares criaram suplementos à base de proteína da ervilha. Um estudo recente realizado por Babault (2015) avaliou o efeito da suplementação de 25g de proteína da ervilha, whey protein ou placebo sobre à espessura do bíceps braquial e força muscular de indivíduos destreinados após 12 semanas de treinamento. Os resultados demonstraram que o consumo de proteínas da ervilha associado ao treinamento de força aumentou significativamente a espessura do bíceps braquial quando comparado com o grupo placebo. Nenhuma diferença foi observada entre os grupos que suplementaram proteína da ervilha e whey protein. Sendo assim, a suplementação da proteína da ervilha quando associada ao treinamento de força, pode estimular a síntese proteica muscular de maneira similar à suplementação de whey protein, o que pode refletir a longo prazo na hipertrofia muscular.
Conclusão
    O presente artigo de revisão demonstrou que a proteína da ervilha apresenta elevada qualidade nutricional, principalmente em relação ao perfil de aminoácidos, podendo ser utilizada como fonte alternativa à proteína de origem animal, especialmente para indivíduos vegetarianos, idosos ou populações especiais que visam manutenção e/ou aumento da massa muscular. Salientamos que mais estudos são necessários para identificar o papel da ervilha no processo de hipertrofia muscular.
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