O que? Já está muito velho para o exercício físico? Já estou muito velhinho? Estou cansado? Quando tentamos sensibilizar a população idosa para a prática de exercício físico, por norma as questões colocadas são as respostas dadas. Se devem fazer exercício? Se devem promover hábitos e estilos de vida saudáveis na velhice? Claro que sim!
A qualidade de vida está frequentemente associada ao processo de envelhecimento. Um envelhecimento inativo irá levar à desmotivação dos idosos e consequentemente à não adoção de estilos de vida saudáveis [1,2,3]. É verdade que este incentivo à prática de exercício torna-se um desafio para os técnicos de desporto. No entanto, hoje aproveito para descrever algumas vantagens do exercício físico.
O exercício contribuie entre outros aspetos, para a melhoria da qualidade de vida em:
- Diminuição do medo de cair.
- Minimização do risco de queda.
- Melhoria da aptidão física.
- Controlo da síndrome metabólica.
- Diminuição da massa gorda.
- Prevenção da sarcopneia.
Assim podemos perceber que através do exercício físico, os idosos parecem manifestar menos medo de cair, bem como menor probabilidade de cair. A melhoria na aptidão física com mais força, flexibilidade, agilidade, resistência e equilíbrio são apenas alguns dos parâmetros que sofrem o efeito do exercício físico. O controlo da síndrome metabólica (hipertensão, HDL baixo (“bom colesterol”), diabetes, triglicerídeos altos e obesidade) também sofre efeito pelo exercício. A diminuição de massa gorda está muito relacionada com a prática regular de exercício físico. Por outro lado a sarcopneia (perda de massa magra/muscular) é um dos processos biológico do envelhecimento. Através do exercício é possível manter a massa magra ou então retardar o processo de diminuição da mesma [3]. Voltamos a apresentar o exercício novamente como um medicamento.
Se é um sujeito idoso por favor mantenha-se fisicamente ativo, desfrute da vida com os seus amigos, sobrinhos, filhos ou netos. Poderá escolher se prefere um dia sentado a olhar para o seu amigo mais novo, ou se uma caminhada com ele.
Bibliografia
- De Vries NM, et al. (2012). Effects of physical functioning, physical activity and quality of life in communitydwelling older adults with impaired mobility. Ageing Res Ver.
- Spirduso, W. W. , Francis, K. L. , & MacRae, P. G. (2005). Physical Dimensions of Aging. 2 ed. Champaign IL: Human Kinetics.
- Monteiro, A.M. (2011). Efeitos de diferentes programas de treino sobre a aptidão funcional e composição corporal de mulheres idosas. Tese de Doutoramento em Actividade Física e Saúde. Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Porto.
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