sexta-feira, 5 de maio de 2017

Se acha velho pra treinar?



O que? Já está muito velho para o exercício físico? Já estou muito velhinho? Estou cansado? Quando tentamos sensibilizar a população idosa para a prática de exercício físico, por norma as questões colocadas são as respostas dadas. Se devem fazer exercício? Se devem promover hábitos e estilos de vida saudáveis na velhice? Claro que sim!
A qualidade de vida está frequentemente associada ao processo de envelhecimento. Um envelhecimento inativo irá levar à desmotivação dos idosos e consequentemente à não adoção de estilos de vida saudáveis [1,2,3]. É verdade que este incentivo à prática de exercício torna-se um desafio para os técnicos de desporto. No entanto, hoje aproveito para descrever algumas vantagens do exercício físico.
O exercício contribuie entre outros aspetos, para a melhoria da qualidade de vida em:
  • Diminuição do medo de cair.
  • Minimização do risco de queda.
  • Melhoria da aptidão física.
  • Controlo da síndrome metabólica.
  • Diminuição da massa gorda.
  • Prevenção da sarcopneia.
Assim podemos perceber que através do exercício físico, os idosos parecem manifestar menos medo de cair, bem como menor probabilidade de cair. A melhoria na aptidão física com mais força, flexibilidade, agilidade, resistência e equilíbrio são apenas alguns dos parâmetros que sofrem o efeito do exercício físico. O controlo da síndrome metabólica (hipertensão, HDL baixo (“bom colesterol”), diabetes, triglicerídeos altos e obesidade) também sofre efeito pelo exercício. A diminuição de massa gorda está muito relacionada com a prática regular de exercício físico. Por outro lado a sarcopneia (perda de massa magra/muscular) é um dos processos biológico do envelhecimento. Através do exercício é possível manter a massa magra ou então retardar o processo de diminuição da mesma [3]. Voltamos a apresentar o exercício novamente como um medicamento.

Se é um sujeito idoso por favor mantenha-se fisicamente ativo, desfrute da vida com os seus amigos, sobrinhos, filhos ou netos. Poderá escolher se prefere um dia sentado a olhar para o seu amigo mais novo, ou se uma caminhada com ele.
Bibliografia
  1. De Vries NM, et al. (2012). Effects of physical functioning, physical activity and quality of life in communitydwelling older adults with impaired mobility. Ageing Res Ver.
  2. Spirduso, W. W. , Francis, K. L. , & MacRae, P. G. (2005). Physical Dimensions of Aging. 2 ed. Champaign IL: Human Kinetics.
  3. Monteiro, A.M. (2011). Efeitos de diferentes programas de treino sobre a aptidão funcional e composição corporal de mulheres idosas. Tese de Doutoramento em Actividade Física e Saúde. Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Porto.

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