quarta-feira, 30 de novembro de 2016

33 dicas para aumentar a produção natural de testosterona

A testosterona é o principal hormônio anabólico que o corpo produz e ela é o principal limitador de quanta massa muscular você pode ganhar e manter naturalmente (considerando que você treina e se alimenta da maneira certa). 
Torna-se óbvio que devemos tentar elevar a produção natural deste hormônio de qualquer forma para gerar mais resultados – quanto mais, melhor.
Mesmo assim as pessoas subestimam o quanto aumentar a testosterona é importante nos dias de hoje.
Poucos sabem que a testosterona é um hormônio em declínio, a cada década que passa os homens estão produzindo menos testosterona. Homens em 1988 tinham mais testosterona do que em 1996, e hoje em dia ainda menos (1).
Porque isto está acontecendo ?
Resumindo em poucas palavras: porque estamos adotando hábitos cada vez piores relacionados a atividade física e nutrição. Muitas vezes estes hábitos passam despercebidos porque se tornaram normais em nosso cotidiano.
Em suma, você pode estar matando a sua testosterona natural sem saber, e você precisa de cada “gota” dela para extrair o máximo dos treinos e manter uma vida saudável (e com ereções saudáveis também).
Para garantir isto, veja 33 dicas sobre como aumentar a produção natural de testosterona direta ou indiretamente. E acredite, por mais simplória e boba que uma dica possa ser, existe um fundamento científico ou empírico por trás para que o ato ajude você a produzir mais testosterona, portanto não subestime nenhum item!
1 – Se você tem gordura em excesso, esqueça qualquer outro objetivo e foque-se integralmente em perdê-la. Quanto mais gordura, mais estrogênio você poderá produzir e quanto mais estrogênio, menos testosterona.
2 – Comece a fazer escolhas mais sensatas na cozinha. Faça sua própria comida em vez de consumir alimentos processados prontos, evite consumo constante de fastfood, doces, etc… Não é necessário viver como um monge do Tibete, mas evitar exageros pode fazer uma grande diferença na sua testosterona.
3 – Evite ou elimine o consumo de álcool. Beber de vez em quando, jamais vai afetar sua testosterona ao ponto de influenciar seus resultados, mas beber com frequência e em grande quantidade, sim.
4 – Mesmo treinando com pesos, tente se manter ativo quando estiver fora da academia. Inatividade (leia-se “criar raízes no sofá”)  é uma assassina de hormônios.
5 – Falando em atividade, experimente HIIT. Seções de atividade física curtas e de alta intensidade podem aumentar os níveis de testosterona.
6 – Consuma mais alimentos ricos em zinco, como espinafre.
7 – Treine mais focado para carga do que “pump”. Diminua o número de repetições (para 6-8) e aumente o peso. Lembrando que isto não significa fazer o exercício errado.
8 – Tome sol. Luz solar auxilia na produção de vitamina D, que tem um papel importante na produção de hormônios anabólicos como a testosterona. Se não for possível tomar sol, use suplementos de vitamina D3 (tem que ser D3)
9 – Reduza o barulho. Evite locais barulhentos, desligue a tv/som que fica ligado apenas como barulho de fundo. Isto tende a aumentar os níveis de estresse sem você perceber, o que influencia negativamente a testosterona.
10 – Torne o sono uma prioridade. Não importa quanto tempo você tem disponível para dormir por dia, é sempre possível se organizar dentro da sua realidade para conseguir dormir um pouco mais.
11 – Tire sonecas no fim de semana.
12 – Aprenda a relaxar. Menos estresse = mais testosterona.
13 – Evite açúcar. Consumo excessivo de açúcar refinado é conhecido por derrubar a testosterona.
14 – Pare de evitar gordura saturada a todo custo! As gorduras, até mesmo as saturadas, tem um papel importante na produção de hormônios. Moderação é essencial.
15 – O colesterol também tem um papel semelhante.
16 – Tenha certeza que a maioria dos exercícios do treino são compostos (em vez de isoladores). Isto é óbvio, mas precisava ser dito.
17 – Não fique viajando na maionese na academia por períodos extensos. Treine pesado e vá embora.
18 – Evite soja. Existem centenas de estudos falando que a soja aumenta os níveis de estrogênio e diminui a testosterona, e existe o mesmo número de estudos falando o contrário. A diferença é que a maioria dos estudos falando o contrário foram patrocinados pela própria indústria da soja. Na dúvida, evite. Existem coisas infinitamente melhores (e sem polêmica) para você ingerir.
19 – Coma nozes. Pesquisas sugerem uma forte relação entre o consumo de vitaminas e minerais presentes nas nozes e aumento dos níveis de testosterona.
20 – Faça mais sexo. Homens com vida sexual ativa, vivem mais e possuem mais testosterona.
21 – Coma mais repolho. Repolhos contém fitoquímicos chamados indole-3-carbinol que diminuem os níveis de estrogênio e, de quebra, aumentam a testosterona.
22 – Brócolis também são fontes dos mesmos fitoquímicos.
23 – Considere o uso de um multivitamínico. Com a correria do dia a dia está cada vez mais difícil manter uma dieta variada o suficiente para prover todos os micronutrientes que precisamos. O multivitamínico entra como um plano de backup.
24 – Ácidos graxos essenciais (gorduras boas) também ajudam na produção natural de hormônios.
25 – Coma ovos inteiros.
26 – Evite, a todo custo, dietas com restrição drástica de calorias. Isto vai destruir a sua testosterona.
27 – Evite estimulantes como cafeína em excesso. Estimulantes em excesso = cortisol em excesso = menos testosterona. O que seria excesso ? Geralmente mais de 420mg de cafeína/dia.
28 – Se for viável, dê preferência para alimentos orgânicos. Menos pesticidas e aditivos = sistema endócrino funcionando melhor.
29 – Pare de fumar, ponto. Cigarros possuem uma montanha de químicos que podem matar a sua testosterona.
30 – Coma mais alho. O alho é conhecido como um booster natural de testosterona.
31 – Evite gordura trans a qualquer custo.
32 – Seja explosivo no treino. Movimentos explosivos de força fazem com que o corpo produza mais testosterona.
33 – Compre manteiga de qualidade e descarte para sempre a margarina.

Em suma, o que você precisa fazer para aumentar a testosterona naturalmente ?

Além destas dicas, existe uma infinidade de outros fatores que também podem aumentar (ou diminuir) a testosterona, mas você não precisa necessariamente complicar sua vida para manter níveis deste hormônio no topo da referência.
Em síntese, o que este texto tenta explicar através das dicas é que para aumentar a testosterona naturalmente você precisa tentar viver uma vida com mais equilíbrio, sem exageros e evitar os maus hábitos da nossa sociedade que são encarados como normais (mas que mesmo assim matam seus hormônios anabólicos).
Basicamente, o que isto significa ?
  • Evite ou elimine o consumo de drogas como álcool e cigarro
  • Evite o consumo de alimentos industrializados e ricos em açúcar. Em vez disso, faça sua própria comida.
  • Tente dormir melhor dentro do seu possível
  • Não se estresse, pelo menos não com coisas que você não tem como controlar.
  • Treine pesado usando menos repetições e mais carga (isto não significa que o treino não será para hipertrofia, pelo contrário, você pode ter ganhos até melhores)
  • Se você tem gordura em excesso, não tente tapar o sol com uma peneira. Pare tudo e tente perder o excesso antes de qualquer coisa. Isso só vai atrasar seus ganhos em termos de massa muscular, afetar sua saúde e até autoestima.
Referências
1 – https://www.endocrine.org/news-room/press-release-archives/2006/testosterone_lvls_in_men_decline

sábado, 17 de setembro de 2016

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA AS CRIANÇAS

Os níveis de obesidade têm aumentado globalmente. Por uma estimativa da Organização Mundial de Saúde em 2005 pelo menos 20 milhões de crianças com idade inferior a cinco anos tinham sobrepeso/obesidade. As principais causas da obesidade são os fatores genéticos, o consumo excessivo de alimentos processados e o sedentarismo.
Infelizmente os limites impostos pelos mais diversos problemas sociais, conduz a criança nas atividades do cotidiano, a convergir-se a um mundo em que as atividades são delineadas em função do tempo e disponibilidade dos adultos. Isto faz com que o ato de brincar ainda presente na criança, a faça viver antecipadamente a vida futura, ou seja, “ser adulto”.
A atividade física, a nutrição adequada e a estimulação ambiental favorável contribuem para que a criança atinja saúde plena e seu potencial máximo de crescimento e desenvolvimento.
A inatividade física na infância e na adolescência está associada a um pior estado de saúde na idade adulta. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostraram que 30,3% da população brasileira acima de 15 anos de idade é portadora de pelo menos uma doença crônica, o que representa cerca de 66% dos custos de tratamento de doenças no Brasil, cujos fatores de risco estão diretamente relacionados ao estilo de vida, como má qualidade da alimentação, inatividade física e o excesso de peso, que têm aumentado na população brasileira.
O estilo de vida sedentário está relacionado à maior chance de desenvolvimento de doenças crônicas em idades cada vez mais precoces. Estudos já identificaram a presença de fatores de risco para a doença cardiovascular em crianças de 5 anos de idade.
Tanto a desnutrição quanto a obesidade interferem negativamente na potencialidade da aptidão física. Crianças obesas e desnutridas apresentam níveis menores de atividade física que crianças eutróficas em todas as faixas etárias. Além disso, o gasto energético decorrente da atividade física em crianças com excesso de peso é maior quando comparado a crianças com peso adequado.
Os programas de exercícios devem ser dirigidos, individualizados, envolver os pais, professores e pares e ser economicamente acessíveis, privilegiando atividades de baixa a moderada intensidade com aumento gradativo da duração. Esportes competitivos não são uma estratégia apropriada para o estímulo da atividade física em crianças, pois podem promover lesões e piorar problemas psicológicos decorrentes de estigmatizações, provocações e exclusões.
Antes de iniciar qualquer atividade física é necessário conhecer as condições físicas da criança e/ou adolescente, com avaliação clínica e nutricional adequadas, além de considerar seu estágio de desenvolvimento físico, evitando uma indicação inadequada de atividade para o estágio de desenvolvimento da criança.
As atividades desportivas podem ser utilizadas para incrementar a atividade física em crianças e adolescentes, desde que o componente competitivo inerente a elas não seja maximizado, nem seja estimulada a especialização precoce. O esporte é benéfico se respeitar os limites fisiológicos de cada faixa etária, sempre priorizando o componente lúdico.
A prática de atividade física visa o condicionamento cardiorrespiratório, à tonificação muscular, à manutenção do peso adequado, à promoção da saúde óssea e à prevenção das doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, obesidade, aterosclerose, hipertensão arterial e osteoporose), além de proporcionar bem-estar mental, integração social, oportunidade para o lazer e desenvolvimento de aptidões que levam a uma maior autoestima e confiança.
Depois de aprender todos esses benefícios que a atividade física pode proporcionar para as crianças que tal tirar o dia dos pais para fazer uma atividade dinâmica e divertida ao ar livre com seu filho? Assim será possível estreitar os laços entre vocês, que ficam esquecidos durante a semana devido a correria, e de quebra proporcionar saúde e bem-estar.
Escrito por:
Mariane Caroline Meuer – CRN 10.5317P
Revisão: Gabriela Dors Wilke Rocha – CRN 10.4719
REFERÊNCIAS
WEFFORT, V. R. S.; LAMOUNIER, J. A. Nutrição em Pediatria: da neonatologia à adolescência. São Paulo: Manole, 2009.
PINHO, R. A.; PETROSKI, E. L. Nível de atividade física em crianças. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v. 2, n. 3, 1997.
JUNG, L. G. et al. Cotidiano da prática de atividade física de crianças e jovens com deficiências da Rede Municipal de Pelotas – RS. Movimento, v. 19, n. 2, p. 207-226, 2013.
COSTA, F. F. et  al. Medida da atividade física de crianças: o que professores de educação física têm a nos dizer?. Rev Bras Ativ Fis e Saúde, Pelotas/RS, 17(4):286-292, Ago/2012.
RICARDO, L. I. C. et al. Associação entre apoio social e atividade física no lazer em escolares do ensino médio. Rev Bras Ativ Fis e Saúde, Pelotas/RS, 18(2):168-176, Mar/2013.
LOPES, V. P. et al. Proficiência Motora, Atividade Física e Excesso de peso em crianças, que relação?. 2013.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Algumas considerações sobre treinamento resistido

Introdução
Em todo treinamento físico há a necessidade de se estabelecer metas e objetivos de acordo com o contexto ou então a necessidade ou desejo de um aluno específico. Gentil (2006, p.11) menciona que o objetivo mais comum aos praticantes de musculação no ocidente é o estético. Quando o objetivo for especificamente à hipertrofia, ou seja, o aumento na seção transversal de um músculo, ou neste caso, alguns grupos musculares ou a musculatura corporal como um todo, temos um caminho correto a seguir.
Com base nessas premissas encontram-se na literatura vários aspectos relacionados e dedicados ao treinamento físico em geral, ao treinamento de força e alguns materiais recentes focados somente na hipertrofia. Partindo de um estudo profundo desses materiais, conhecemos os princípios do treinamento físico e as variáveis de um treinamento com pesos, que são a escolha dos exercícios, ordem em que esses exercícios serão executados, intensidade aplicada, volume, velocidade de execução dos exercícios e intervalos entre exercícios e sessões de treinamento e sua periodização.

A aplicação correta dessas variáveis, juntamente com o conhecimento dos princípios do treinamento físico, fará a diferença entre um treino de resultados excelentes e aquele de resultados modestos ou até mesmo desprezíveis.
Princípios do treinamento físico
O treinamento físico requer a exposição do organismo à carga de treino ou estresse de trabalho de intensidade, duração e freqüência suficientes por produzir visível ou mensurável efeito de treinamento (ASTRAND et al, 2006, p.281).
Gentil (2008, p.13) enumera os princípios aplicados ao treino de hipertrofia como sendo o da adaptação, continuidade, especificidade, individualidade e sobrecarga. Todos estes tem papel decisivo frente aos resultados, mas os que envolvem diretamente a elaboração de um treino de hipertrofia é a adaptação, ligada ao princípio da sobrecarga e respeitando a individualidade da pessoa a ser treinada.
A “construção funcional” ou adaptação, que acontece no organismo durante o treinamento físico, é determinada pela natureza da sobrecarga, sua intensidade e volume (BARBANTI, 1996, p.23). Muito mais que um princípio, a adaptação pode ser considerada uma lei, tanto que há autores que não a colocam como um dos princípios, mas sim como uma lei que rege o treinamento, do qual se derivam os princípios propriamente ditos (ZATSIORSKY, 1999; WEINECK, 1999 apud GENTIL, 2008).
Falando do princípio da individualidade, Gentil (2008, p16) afirma que o devemos usar na orientação à intervenção para a realidade específica, sem esperar que obtenhamos respostas iguais entre todos os indivíduos. (BRAY apud Gentil, 2008, p15) explica que os estímulos eficientes, tanto em qualidade como em quantidade será, em grande parte, determinada pelas características individuais grandemente influenciadas pela estrutura genética.
Barbanti (1996, p. 23) afirma, em referência à sobrecarga, que um estímulo abaixo de determinado vigor não trará subseqüentes efeitos positivos ao treinamento. Apenas uma sobrecarga acima do que ele chama de limite crítico, promove adaptações. Cada pessoa tem uma amplitude de sobrecarga considerada ótima, que providencia o maior crescimento na capacidade funcional. Quanto mais a sobrecarga se aproxima dos valores ótimos relativos à capacidade de cada pessoa no momento da sobrecarga, mais rapidamente acontece o processo de adaptação no organismo (BARBANTI, 1996, p.23-24).
Variáveis do treinamento
Escolha e ordem dos exercícios
Impossível falar da escolha correta dos exercícios sem levar em conta a ordem em que estes serão executados. Deve-se primeiro esclarecer a existência de alguns padrões de exercícios, independentemente dos grupos musculares trabalhados. Os multiarticulares, chamados também de estruturais, geralmente trabalham uma grande quantidade de grupos musculares (FLECK e KRAEMER, 2006, p.168). Temos como exemplo os supinos, os desenvolvimentos, os agachamentos e as remadas. Já os monoarticulares são aqueles dedicados ao trabalho efetivo de um único grupo muscular (FLECK e KRAEMER, 2006, p.168), como as roscas para bíceps e a flexão plantar, por exemplo. Temos ainda a opção de trabalhar os exercícios multiarticulares e os monoarticulares tanto em aparelhos específicos como com pesos livres.
Ao se escolher exercícios para alunos iniciantes, deve-se, segundo Gentil (2008, p.110-111), evitar o direcionamento para pequenos grupos musculares. Segundo o mesmo, os movimentos mais complexos, ou multiarticulares, parecem ser mais efetivos para as adaptações iniciais e os riscos são pequenos, desde que haja boa orientação. Isto vai contra antigas teorias de que iniciantes na musculação deveriam começar em movimentos isolados ou em aparelhos para depois passar para os movimentos multiarticulares e a utilização de pesos livres.
A transferência das máquinas para os pesos livres é precária, desta forma o aluno treinado em pesos livres terá maior possibilidade de usar cargas elevadas nos exercícios com máquinas do que o contrário (STONE & BORDEN, 1997 apud Gentil, 2008).
Uchida, Charro, Bacurau, Navarro e Pontes (2003, p.60), defendem o uso de aparelhos para alunos iniciantes, mas afirmam que os exercícios multiarticulares são os mais recomendados para esta etapa inicial de treinamento. Já Lima (2009, p.32), sugere que os exercícios de simples execução devem ser direcionados a iniciantes no treinamento, enquanto que os de execução mais difícil devem ser aplicados em indivíduos mais avançados na prática da musculação.
Monteiro, Simão e Farinatti (2005) apresentam o resultado da aplicação de um protocolo de treinamento de força em mulheres jovens treinadas, apontando que o primeiro exercício, de forma geral, era conduzido com uma maior quantidade de repetições para determinada carga. Assim, deveria ser executado como primeiro exercício da seqüência aquele a qual seja prioridade no treino.
Falando de objetivos específicos, como economia de tempo para um indivíduo com pouco tempo disponível para treinamento, ou então aqueles interessados em um condicionamento básico, Fleck e Kraemer (2006, p.169) afirmam ser de grande importância a realização dos exercícios multiarticulares, justamente por trabalharem vários grupamentos musculares simultaneamente.
Segundo Fleck e Kraemer (2006, p.168), em qualquer treino de hipertrofia deve-se escolher uma grande variedade de exercícios e diversos padrões de movimentos. Terão estes que ser realizados em vários ângulos para cada articulação, incluindo ainda grande quantidade de exercícios de isolamento, todos eles escolhidos sob a visão de uma análise das necessidades do praticante.
De maneira geral, devemos realizar os exercícios primeiramente para os grandes grupos musculares, seguidos por grupos médios, e somente ao final da montagem e que devemos realizar exercícios para pequenos grupos musculares. Isso se deve ao fato de que os pequenos grupos musculares têm uma tendência a atingir a fadiga mais rapidamente que os grandes, e, muitas vezes, os pequenos grupos musculares auxiliam os médios e os grandes na realização de seus trabalhos, o que nos leva a sugerir que em programas para praticantes iniciantes essa seqüência seria benéfica, assim como para alunos intermediários e avançados (UCHIDA, CHARRO, BACURAU, NAVARRO & PONTES, 2003, p. 62).
Intensidade
O papel da intensidade na hipertrofia muscular é de conhecimento de todos os profissionais que trabalham com tal tipo de treinamento, mas a magnitude desta deve ser observada atentamente, levando-se em conta o nível de treinamento do praticante, o descanso entre os treinamentos, o volume de treino utilizado na sessão e a proposta de treinamento dentro de um sistema periodizado, caso exista.
Gentil (2008, p.19), aborda o conceito de intensidade não apenas sobre a perspectiva de carga utilizada nos exercícios, mas direciona essa variável mais ao nível da qualidade, em uma alteração aguda que o treino promove dentro do equilíbrio do sistema. Nesta visão, ele destaca que a velocidade, a amplitude, o tempo de descanso e os métodos de treinamento, entre outros fatores, são de grande importância na composição da intensidade, juntamente com a carga utilizada nos exercícios, buscando hipertrofia muscular. Estas outras variáveis serão vistas em breve.
Fleck e Kraemer (2006, p.178), falam sobre o cálculo da intensidade utilizando os percentuais de 1RM, onde esta carga máxima utilizada para a realização de uma repetição serve de base para a aplicação de intensidades planejadas para as diversas finalidades dentro de um treinamento.
Esta prática é muito utilizada atualmente por atletas profissionais de diversas modalidades esportivas para se determinar a intensidade utilizada, principalmente por aqueles que fazem uso de um treinamento periodizado. Mas na prática, em um treinamento de hipertrofia, este método se torna de difícil execução, pois são muitas as variáveis utilizadas, e um acompanhamento baseado em percentuais de 1RM demandaria mudanças constantes no planejamento, o que se torna impraticável principalmente em academias onde se atende um grande público.
Quanto à intensidade de treinamento aplicada aos diferentes estágios de nível de treinamento dos praticantes, podemos segundo Gentil (2008, p.109-110), adotar uma postura que visa à qualidade do treinamento quando este é aplicado em iniciantes no treinamento com pesos. Nesta fase, a intensidade dá lugar à preparação neuromotora do aluno para as fases seguintes do treinamento. Após o primeiro ou segundo mês de treinamento, ainda segundo Gentil (2008, p.119), deve-se incentivar o aluno a aumentar a carga sempre que possível, e dessa forma ele começará a tomar consciência de como controlar as cargas utilizadas nos exercícios.
Quando falamos de alunos em nível intermediário, Gentil (2008, p.120-122) afirma ser necessário o processo de conscientização sobre a intensidade, e a partir daí, devemos incrementar o treino com o início da utilização de métodos de sobrecarga metabólica, como super-set, repetições parciais e pré-exaustão. Devemos forçar nessa fase o uso de repetições máximas. Quando falamos de indivíduos avançados no treinamento com pesos, Gentil (2008, p.124) propõe um aumento ainda maior na intensidade, fazendo-se uso de métodos de estresse tensionais e metabólicos. Segundo ele, o aluno nesta fase deve ter a capacidade de suportar altos níveis de intensidade, caso contrário, não deve ser considerado avançado.
Volume
O volume, na prática, é representado pelo número de repetições, séries e exercícios em um dado treinamento ou em determinado período, levando-se em conta um volume de treino semanal, por exemplo, ou dentro de um micro ou mesociclo dentro de uma periodização. O volume, juntamente com a intensidade, forma as duas variáveis mais importantes e ao mesmo tempo mais suscetíveis a erro dentro de uma sessão de treinamento ou determinado período. Elas caminham juntas e devem ser dosadas de maneira apropriada para os melhores resultados em hipertrofia.
Vieira (2009, p.63) faz um interessante comparativo entre intensidade e volume de acordo com o estágio do praticante. Para um aluno em fase de adaptação, ele recomenda volume e intensidade baixos. Já na fase intermediária, volume e intensidade médios. Em uma fase mais avançada, que ele chama de intermediária II a recomendação passa ser de volume médio e baixo e a intensidade agora passa a ser alta, e finalmente, quando o aluno está em um estágio avançado, o volume recomendado é baixo e baixíssimo enquanto que a intensidade passa a ser altíssima.
Falando agora de uma maneira mais específica e quantitativa, Uchida, Charro, Bacurau, Navarro e Pontes (2003, p.50), propõem para o objetivo de hipertrofia uma faixa de repetições entre 6 a 12, e uma quantidade de séries maior do que três em cada exercício para a obtenção de melhores resultados.
Lima (2009, p. 37-38), propõe um número semelhante de repetições para a hipertrofia: 5 a 12. Quanto ao número de séries, distribuí por nível de treinamento. Segundo ele, para os iniciantes deve-se aplicar 2 séries por exercício, para os intermediários 3 séries e para os avançados 3 a 4 séries.
Se considerado o princípio da variabilidade, pode-se acreditar que a variação dos estímulos seja mais importante que a realização em demasia de um mesmo exercício (LIMA, VICENTE PINHEIRO, 2009, p.38).
Fleck e Kraemer (2006, p184), defendem o uso de séries altas por músculo ou grupo muscular, ou seja, maiores que 3, quando o objetivo for a hipertrofia muscular.
Gentil (2008, p.110), propõe um volume total de 16 séries em um treinamento para o aluno iniciante, sendo indicados 4 a 8 exercícios, com uma ou duas séries cada e número de repetições acima de 12, visando o aprendizado dos movimentos. Ele destaca os volumes abusivos de séries para iniciantes, prática comum nas academias e que deve ser evitado. Para alunos com 1 a 2 meses de experiência, dependendo da evolução conseguida, o mesmo autor recomenda 8 a 20 séries por treinamento, sendo uma a três séries por exercício, 4 a 8 exercícios e repetições acima de 10.
Segundo Gentil (2008, p.120), o volume máximo de treino para um aluno intermediário deve ser de 20 séries por treinamento, sendo no máximo dois exercícios ou quatro séries para os grandes grupos musculares, à exceção da coxa. Para alunos avançados, segundo o mesmo autor, o máximo volume proposto por dia deve ser de 24 séries, sendo realizadas 8 séries para cada grupo muscular.
Temos que salientar que costumeiramente há um abuso no volume de treinamento por parte de praticantes de musculação, principalmente aqueles que buscam a hipertrofia. Além de prejudicar e muito os resultados, tornando seus treinos mais catabólicos que anabólicos, os atletas amadores e até mesmo profissionais podem ser vítimas de um estado de supertreinamento, ou overtraining, processo que pode levar a sérios problemas de saúde e que para ser revertido poderá levar meses.
Stoppani (2008, p18), esclarece que a execução de mais de 20 séries por grupo muscular, ou mais de 40 séries diárias, se executadas por um longo período, podem levar a um estado de super treinamento.
O volume total não só dentro de um único treinamento deve ser levado em conta. Fox (2000, p. 300) explica que há um desequilíbrio entre o treinamento e a recuperação em caso de supertreinamento. Este, segundo ele, é causado por um período de alta intensidade e/ou alto volume em combinação com períodos insuficientes de recuperação.
Desse modo, uma excessiva pressa em obter resultados pode comprometer o trabalho como um todo, além de trazer riscos para a saúde, o que vai contra os princípios de uma vida saudável propiciada pela prática de exercícios físicos regulares.
Velocidade de execução
De um modo geral, todos os autores ao abordar o assunto hipertrofia, pregam a execução lenta das repetições, o que é comprovadamente benéfico para os resultados em termos de ganhos de volume muscular.
Uchida, Charro, Bacurau, Navarro e Pontes (2003, p50), ressaltam que o tempo de tensão parece ser um fator importante para aumento da hipertrofia. A velocidade de execução, segundo os autores, em um treino de hipertrofia, deve ser lenta, tanto na fase concêntrica como na excêntrica.
Gentil (2008, p69-71), apresenta os métodos de treinamento tensional e metabólico. Em um treino tensional, ou seja, que utiliza carga adequada para no máximo seis repetições, o autor recomenda uma velocidade de execução lenta e com ênfase na fase excêntrica, principalmente nas últimas repetições da série. Já para um treino metabólico, ou seja, com repetições acima de 10, a recomendação é de uma velocidade ritmada para a execução destas, sem ênfase na fase excêntrica. Desta forma os ganhos em massa muscular podem ser ainda mais positivos.
Intervalo entre as séries e repetições
Essa variável do treinamento tem sua importância muito ignorada pelos praticantes e por grande parte dos instrutores. Um intervalo muito longo entre séries e exercícios não só torna o treinamento mais longo como também propicia uma perda de intensidade, tão importante nessa modalidade.
Brown (2008, p. 52), explica que a magnitude de ressíntese do ATP-CP e as concentrações de lactato no sangue são determinados pelo tempo de descanso entre as séries e exercícios. Segundo o mesmo autor, as respostas metabólicas, hormonais e cardiovasculares são alteradas significativamente através desta variável.
Weineck (1999); Bompa e Cornachia (2000, apud Ramalho e Júnior, 2003) vão mais longe, afirmando que um intervalo diminuído entre as séries, de 45’ a 60’, talvez seja o componente mais importante de um treino que visa hipertrofia, pois se deve fazer com que o músculo recrute a maior quantidade possível de unidades motoras, e isto se faz exaurindo suas reservas de ATP-CP. Com esse intervalo curto entre as séries, o treinamento não proporcionará a recuperação completa das reservas energéticas de CP, forçando o músculo a se adaptar e aumentando sua capacidade de transporte de energia (WEINECK, 1999; BOMPA & CORNACHIA, 2000 apud Ramalho e Júnior, 2003).
Periodização
Bompa (2002, p.18), mostra como esta pode ser vital em um plano de treinamento e determinar uma correta supercompensação, chave para os resultados em qualquer tipo de treinamento físico, em qualquer esporte, incluindo é claro, um que vise hipertrofia muscular.
Em termos práticos, isso quer dizer que o técnico precisa planejar estímulos de alta intensidade alternadamente, de forma que os dias de treinamento com alta intensidade alternem-se com dias de baixa intensidade. Assim, melhorará a recuperação e levará ao estado desejado de supercompensação. (BOMPA, TUDOR, 2002, p.18).
Vieira (2009, p. 65), explica que um sistema de periodização indica os períodos ideais para a aplicação de intensidades diversas, em um planejamento que visa alcançar os ganhos de forma mais eficiente e segura possível.
Sabemos que a periodização em um treinamento de força pode ser aplicada para evitar o aparecimento de lesões e diminuir o risco de um estado de supertreinamento. No entanto, o profissional que aplicará esta modalidade de distribuição de intensidade e volume de treinamento deve ter muito conhecimento e experiência para evitar uma queda de rendimento proveniente de mau planejamento.
Considerações finais
Apesar de um mesmo tipo de treinamento não ser adequado a todos os indivíduos, existe uma gama de práticas que se aplicam a todo treinamento que visa a hipertrofia. Em geral, exercícios bem escolhidos, aliados a uma boa técnica de execução, dentro de um volume e intensidade de treino adequados geram bons resultados. Importante destacar que a mudança desses parâmetros deve ser constante, para que não haja uma estagnação dos resultados, não só pelos fatores fisiológicos como também os psicológicos, já que os exercícios tendem a se tornar repetitivos.
A variedade dos estímulos, além de proporcionar um maior acervo de experiências neurofisiológicas, permite retardar ou mesmo evitar que ocorra uma queda significativa da motivação, o que, inevitavelmente, levaria o praticante a desistir da atividade (BARBOSA, 2008, p.115).
Gentil (2008, p.119) afirma que no caso de praticantes no estágio inicial de treinamento, há uma necessidade de mudanças no treino que possuem muito mais caráter motivacional do que fisiológico.
Fleck e Kraemer (2006, p.162) falam sobre o conceito de progressão, que pode ser considerado um princípio no treinamento de força, e abrange as mudanças que devem ser realizadas no treino conforme a evolução do praticante, pois a partir do momento em que este está mais condicionado, é de se esperar que os resultados não mais apontem para uma mesma magnitude de adaptações ao longo do tempo.
Nosso corpo possui uma grande capacidade de adaptação que deve ser explorada de forma inteligente através da aplicação dos princípios do treinamento físico. Muitas vezes é necessária a aplicação de métodos específicos para avaliar na prática os resultados, chegando-se a conclusões quanto aos melhores métodos versus resultados para aquele indivíduo em especial.
Estudos apontam possibilidade de resultados para os mais diferentes biótipos, devido à capacidade natural de adaptação, mesmo que diferente de pessoa para pessoa. Nessa habilidade de adaptar seu tamanho às demandas fisiológicas, a musculatura esquelética revela-se um tecido muito plástico (ASTRAND et al, 2006, p. 289).
A genética pode ser um fator limitante dos resultados, mas isto parece se aplicar muito mais ao tempo de obtenção destes resultados do que na qualidade destes. O fator genético tem sido uma válvula de escape nas academias para pessoas mal preparadas na instrução da prática de um correto treinamento de hipertrofia. Mas o conhecimento científico e a preparação dos profissionais avançam, e a prática do treinamento com pesos visando objetivos estéticos consegue ser alicerçado em boas práticas e também voltado para a qualidade de vida, o que já é uma feliz realidade.
Referências
ASTRAND, DAHL, RODAHL, STROMME. Tratado de fisiologia do trabalho: bases fisiológicas do exercício. Porto Alegre: Artmed, 2006.
BARBANTI, Valdir J. Treinamento Físico: bases científicas. São Paulo: CLR Balieiro, 2001.
BARBOSA, Marcelo. Treinamento personalizado: estratégias de sucesso, dicas práticas e experiências do treinamento individualizado. São Paulo: Phorte, 2008.
BOMPA, Tudor O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. Tradução de Sérgio Roberto Ferreira Batista. São Paulo: Phorte Editora, 2002.
BROWN, Lee E. Treinamento de força. Barueri, SP: Manole, 2008.
FLECK & KRAEMER. Fundamentos do treinamento de força muscular / Steven J. Fleck, William J. Kraemer; tradução Jerri Luiz Ribeiro. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
FOSS, M. KETEYIAN, S. Fox: Bases fisiológicas do exercício e do esporte. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2000.
GENTIL, Paulo. Bases científicas do treinamento de hipertrofia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.
LIMA, Vicente Pinheiro. Musculação: A prática dos métodos de treinamento. Rio de Janeiro: Sprint, 2009.
STOPPANI, Jim. Enciclopédia de musculação e força. Porto Alegre: Artmed, 2008.
UCHIDA, M. CHARRO, M. BACURAU, R. NAVARRO PONTES, F. Manual de musculação: uma abordagem teórico-prática ao treinamento de força. São Paulo: Phorte, 2003.
VIEIRA, Fabiano Guedes. Métodos de treinamento em musculação. São Paulo: Ícone, 2009.
MONTEIRO, Walace; SIMÃO, Roberto; FARINATTI, Paulo. Manipulação na ordem dos exercícios e sua influência sobre número de repetições e percepção subjetiva de esforço em mulheres treinadas. 2005.
RAMALHO, Vinícius Peraro; JÚNIOR, Joaquim Martins. Influência da periodização no treinamento com pesos na massa corporal magra em jovens adultos do sexo masculino: um estudo de caso. 2003.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Dieta para fazer em casal e perder 14 quilos juntos em 1 mês

Quando disseram “sim”, nem passou pela cabeça de vocês que a felicidade da vida a dois vinha com uma bagagem extra: casar engorda mesmo. Mas emagrecer juntos é mais fácil. Com esta dieta, vocês vão se tornar um casal até 14 quilos mais leve em um mês – e sem brigar na hora de escolher o menu


Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, no Netflix e na pizza... Ah, vai dizer que tem programa mais gostoso do que ficar esparramada no sofá vendo filme com seu amor? Casar muda o estado civil, os hábitos alimentares e o jeito de cuidar do corpo. Mas você aceita feliz e... engorda! Depois de subir ao altar, as mulheres ganham pelo menos 4 quilos nos primeiros meses dividindo o teto, segundo um estudo australiano publicado na revista científica Body Imagine. As alterações na balança começam ainda na lua de mel – responsabilidade dos vários jantarzinho especiais regados a espumante.
De volta à rotina, mas ainda em clima de romance, os recém-casados dão continuidade às orgias... gastronômicas. Sem falar no café da manhã na cama e nas sessões de cinema com pipoca. Se antes a ordem era você se privar de tudo o que engordasse para entrar magra no vestido de noiva (alerta: isso também é errado, viu?), o amor, agora de papel passado, parece liberar qualquer pecado à mesa. A correria do dia a dia abre espaço para mais um precedente: a comida prática, quase sempre ultra processada e congelada, geralmente combinada a uma vida sedentária. Até o momento em que o nosso jeans aperta e a barriga deles cola na camiseta.
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Se vocês já estão nesse estágio (ou não querem chegar a ele), podem se unir também na dieta: “A chance de sucesso é maior do que se cada um tentar emagrecer sozinho”, diz a nutricionista Patrícia Davidson Haiat, do Rio de Janeiro, que acompanhou em seu consultório a história bem-sucedida de vários casais que se uniram na meta. Autora da Dieta do Casais, que acaba de virar livro (editora Sextante, R$ 59,90, 224 páginas), Patrícia explica as vantagens: “Um incentiva o outro a comer de maneira equilibrada e saudável, vocês vão ao supermercado juntos, planejam as refeições do da a dia, jantam fora com mais consciência das  escolhas e, principalmente, estabelecem uma relação melhor com a comida”. Só não fique triste se ele atingir a meta estabelecida primeiro que você: proporcionalmente, o homem tem mais músculos e, por isso, o metabolismo do cara ao seu lado no sofá é até 10% mais eficiente. Mas é só uma questão de tempo para que você possa dizer: “Enfim, magros”.
Parceria de sucesso
Na Dieta dos Casais, o cardápio é igual para os dois, mas não queira comer como ele (erro básico da recém-casada). São três fases que trazem resultados ainda maiores quando combinadas a exercícios.
Fase 1: Começo de namoro (duração: 7 dias)
Vocês vão descobrir quais são os alimentos de que gostam mais e até aqueles que causam incômodos (inchaço, gases), mas nunca tinham relacionado uma coisa a outra. A proteína animal (carne, frango, peixe, leite e derivados) fica fora do cardápio, assim como os temperos artificiais e o glúten (pão, massa). No lugar, entram as proteínas vegetais (quinua, grão-de-bico), fibras (sementes) e gorduras boas (abacate, azeite extravirgem, castanhas), além de shakes e chás funcionais, que favorecem a digestão e o intestino. Ah, incluam exercícios na rotina. Resultado: menos toxinas e gordura e mais energia. Perda de peso: até 5 quilos.
Cardápio de 1 dia
Café da manhã: shake segura fome
Lanche (manhã e tarde): fruta (1 pera ou 1 banana) ou suco verde + gordura boa (1 col./ sopa de amêndoa em lascas ou 2 col./chá de óleo de coco) ou fibras (1 col./sopa de farelo de aveia)
*Ele pode dobrar a porção de gordura e de fibras.
Almoço: proteína vegetal (3 col./sopa de tabule de quinua: quinua, tomate, pepino, cebola, salsinha, hortelã, limão e azeite) + legumes e verduras (salada: cenoura, vargem,abobrinha, tomate-cereja, limão, alecrim, pouco sal e azeite) à vontade.
* Ele deve dobrar a porção da proteína.
Jantar: proteína vegetal (3 col./sopa de salada de lentilha) + sopa detox à vontade
*Ele deve dobrar a porção da proteína.
Chá funcional - vale também para as fases 2 e 3: (1 litro ao longo do dia: hibisco ou gengibre para você, branco para ele) + 1 litro de água pura ou com gotas de limão.
Fase 2: Compromisso (duração: até chegar no peso desejado)
Os primeiros resultados começaram a aparecer e vocês já sentem diferença nas medidas e no bem-estar. Mantenham o acordo e sigam em frente. A proteína animal volta a entrar no prato com moderação e apenas em quatro dias da semana (de quinta-feira a domingo). Mas não são todos os tipos: o leite de vaca e os derivados continuam vetados. Já os alimentos de origem vegetal, as fibras e as gorduras boas ainda são destaque. O tempo de duração dessa fase é variável: cada um deve seguir nela até atingir a meta individual. É importante subir na balança uma vez por semana (ao acordar, se possível) para checar a perda de peso – caso o ponteiro volte a subir, repita a fase 1 em um dia da semana até perder esse extra. Perda de peso: de 1 a 2 quilos por semana.
Cardápio de 1 dia
Café da manhã: shake funcional de óleo de coco + raiz (1/2 batata-doce) ou outro carboidrato (1 tapioca com 1 ovo mexido).
Lanche da manhã: fruta (1 fatia de melão) ou suco verde + gordura boa (1 col./ sopa de chia) ou fibra (1 col./sopa de linhaça) *Ele pode dobrar a porção de gordura e de fibras.
Almoço de segunda a quarta: proteína vegetal (3 col./sopa de salada de feijão-fradinho com cebola e molho de mostarda) + legumes e verduras (tomate, alho, cebola e berinjela assados com azeite, alecrim e sal) à vontade de quinta a domingo + proteína animal (filé ao molho de rúcula) + legumes e verduras (salada: alface, acelga, palmito, semente de girassol com limão, pouco sal e azeite) à vontade.
Lanche da tarde: fruta (1 porção) ou suco verde + gordura boa (1 castanha-do- -pará) ou fibra (1 col./ sopa de chia) + 1 fatia de pão sem glúten com 1 col. (sopa) de pasta de grão-de-bico.
*Ele pode dobrar a porção de gordura e de fibras.
Jantar de segunda a quarta: proteína vegetal (3 col./sopa de salada de quinua e brócolis - receita a seguir) + sopa de abóbora ao curry à vontade (receita a seguir) de quinta a domingo + proteína animal (1 crepioca: 2 col./sopa de goma de tapioca, 2 ovos, 2 col./sopa de chia, orégano e sal) + legumes e verduras (salada de alface, abacate e mostarda com sal, azeite e limão) à vontade
• Extra no sábado ou no domingo: 20 g de chocolate 70% ou 1 sobremesa (gelatina)
Fase 3: Felizes para sempre! (manutenção)
Vocês já devem ter atingido a meta e estão ainda mais unidos e saudáveis. E, por isso, dispostos a se alimentar de maneira mais equilibrada daqui para a frente: priorizar as escolhas ricas em nutrientes e evitar aquelas que só contribuem para o aumento de peso (deixem esses itens para os jantarzinhos entre amigos). No dia a dia, fujam das comidas açucaradas e ricas em farinhas refinadas, produtos altamente processados. Mas estão autorizados a colocar um pouco mais de variedade no cardápio. A fase de manutenção, que, aliás, vocês podem adotar para sempre, dá direito a uma refeição livre por semana: cada um fica liberado para comer o que mais gosta.

O que muda...

  • A proteína animal pode ser consumida com mais frequência, mas é importante repetir a refeição com proteína vegetal + legumes e verduras pelo menos duas vezes por semana.
  • Uma vez por semana, uma refeição é livre + 1 funcional ou 1 dose de bebida.
  • Ele pode comer uma porção a mais de sobremesa (mas a gente não vai julgar você se proibi-lo de fazer na sua frente).

Só para você

Na TPM, a vontade louca por chocolate deixa você em desvantagem? Segundo Patrícia, esse é um sinal de que o organismo está carente de magnésio. Nesse período, coma mais alimentos fontes de vitamina B3 (carne, peixe, grãos integrais e castanhas), zinco (feijões, frutos do mar, frango) e cromo (levedura de cerveja). Beber mais água também ajuda a amenizar os sintomas provocados pelas alterações hormonais, como a retenção de líquido.
Em todas as fases - regras que valem do começo ao fim da dieta:
1. Consultar a lista de alimentos liberados (a seguir) para variar o cardápio. Mas atenção aos itens permitidos em cada fase.
2. Consumir proteína vegetal em quase todas as refeições.
3. Incluir dois lanches no dia: um no meio da manhã e outro no meio da tarde (ou antes de dormir).
4. Preferir ervas e temperos naturais. Deixe de lado molhos e caldos prontos.
5. Evitar os adoçantes artificiais.
6. Sempre combinar as frutas com fibras (farinha de chia e de linhaça) ou gorduras boas (castanhas, óleo de coco).
fonte: Boaforma

DENTES BRANCOS EM 1 MINUTO! RECEITA CASEIRA


VEJA O VÍDEO ABAIXO!

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

suco de beterraba concentrado (nitrato) e seus efeitos no exercício de força

Alimentos e produtos alimentícios ricos em nitrato podem promover diversos benefícios esportivos de caráter ergogênico. Uma das possíveis explicações para tais benefícios está no fato de que o consumo de nitrato faz com que o músculo produza força com menor custo energético, otimizando, consequentemente, a eficiência neuromuscular (força muscular). O consumo dietético de nitrato é uma das formas de aumentar a concentração sanguínea de nitrito de modo a favorecer a síntese de NO (óxido nítrico), resultando em vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo muscular em condições de hipóxia (baixa concentração de oxigênio), ou seja, durante o exercício de força intervalado de alta intensidade. 
O metabolismo do nitrato em nosso organismo é favorável, uma vez que pouco se perde pelo trato gastrointestinal e o restante é absorvido, elevando os níveis sanguíneos de nitrato para a formação de óxido nítrico (NO), gerando a resposta de vasodilatação. A beterraba, conhecida por ser fonte de antioxidantes, potássio, sódio, betaína, magnésio e vitamina C é também uma das fontes alimentares mais ricas em nitrato. O consumo de suco de beterraba concentrado (o industrializado feito com matéria-prima natural, não o suco convencional caseiro) tem demonstrado ser extremamente eficiente em reduzir o custo energético para determinada tarefa muscular. Por exemplo, ingerir suco de beterraba concentrado antes do exercício aeróbio reduz o custo de oxigênio e aumenta a tolerância ao esforço. Já no exercício de força de alta intensidade, reduz o custo de energia para que o músculo desempenhe contrações de força máxima com mais eficiência.  
Em termos práticos, o consumo de nitrato, por meio do suco de beterraba concentrado, proporciona aumento na tolerância ao esforço, que se traduz em maior número de repetições executadas até a falha muscular e de carga suportada durante o exercício. Além disso, a ingestão do suco de beterraba concentrado pode reduzir a sensação de dor muscular tardia ocasionada pelo exercício de força de alta intensidade, dor essa que muitas vezes se reflete em maior perda de força muscular e queda de desempenho nas sessões seguintes de treino. 
O consumo de nitrato per se não apresenta potencial de toxicidade. Seus metabólitos levantam a hipótese de possíveis ocorrências de efeitos adversos como carcinogênese, carcinoma renal e lesão renal aguda, quando consumido em altas dosagens ou de modo crônico. Há evidências recentes, porém, demonstrando que o consumo de alta dosagem de sal de nitrato durante 7 dias consecutivos não causou qualquer efeito deletério sobre a função renal de indivíduos saudáveis tanto em repouso quanto após o exercício de alta intensidade. Portanto, se a suplementação de nitrato realizada em alta dosagem e cronicamente na forma de sal não induz qualquer efeito deletério na função renal, a forma concentrada do suco de beterraba (desde que de origem natural, é segura). 

Referências bibliográficas
1.Stamler JS, Meissner G. Physiology of nitric oxide in skeletal muscle. Physiol Rev 81: 209–237, 2001.
2.Dejam A, Hunter CJ, Schechter AN, Gladwin MT. Emerging role of nitrite in human biology. Blood Cells Mol Dis 32: 423–429, 2004.
3.Lundberg JO, Carlström M, Larsen FJ, Weitzberg E. Roles of dietary inorganic nitrate in cardiovascular health and disease. Cardiovasc Res 89:525–532, 2011.
4.Wylie LJ, Kelly J, Bailey SJ, Blackwell JR, Skiba PF, Winyard PG, Jeukendrup AE, Vanhatalo A, Jones AM. Beetroot juice and exercise: pharmacodynamic and dose-response relationships. J Appl Physiol (1985). 2013 Aug 1;115(3):325-36.
5.Wylie LJ, Bailey SJ, Kelly J, Blackwell JR, Vanhatalo A, Jones AM. Influence of beetroot juice supplementation on intermittent exercise performance. Eur J Appl Physiol. 2016 Feb;116(2):415-25.
6.Clifford T, Bell O, West DJ, Howatson G, Stevenson EJ. The effects of beetroot juice supplementation on indices of muscle damage following eccentric exercise. Eur J Appl Physiol. 2016 Feb;116(2):353-62
7.Carpentier A, Stragier S, Bréjeon C, Poortmans JR. Nitrate supplementation, exercise, and kidney function: are there detrimental effects? Med Sci Sports Exerc 2015;47(7):1519–1522.
8.Higgins JP, Tuttle TD, Higgins CL. Energy beverages: content and safety. Mayo Clin Proc. 2010; 85:1033–41.
9.Acheson KJ, Zahorska-Markiewicz B, Pittet P, Anantharaman K, Jequier E. Caffeine and coffee: their influence on metabolic rate and substrate utilization in normal weight and obese individuals. Am J Clin Nutr 1980; 33: 989–997.
10.Dulloo AG, Geissler CA, Horton T, Collins A, Miller DS. Normal caffeine consumption: influence on thermogenesis and daily energy expenditure in lean and postobese human volunteers. Am J Clin Nutr 1989; 49: 44–50.
11.Hollands MA, Arch JR, Cawthorne MA. A simple apparatus for comparative measurements of energy expenditure in human subjects: the thermic effect of caffeine. Am J Clin Nutr 1981; 34:2291–2294.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

COMO FAZER DORITOS CASEIRO

Doritos caseiro


Ingredientes
  • 2 xícaras de chá de farinha de milho
  • 1 colher de chá de sal
  • 1 e ½ xícara de chá de água morna + ou -
  • 50 g de banha ou gordura hidrogenada
Como fazer
  1. Em uma tigela, misture a farinha e o sal.
  2. Junte a banha e misture atי obter uma farofa.
  3. Adicione água e trabalhe a massa até obter uma bola.
  4. Faça bolinhas do tamanho das de pingue-pongue, cubra com pano úmido e deixe repousar por 30 minutos.
  5. Com um rolo ou prensa, abra as bolinhas até obter discos de aproximadamente 18 cm de diâmetro.
  6. Prepare os tortillas em frigideira seca, sobre fogo forte (30 segundos de um lado, 30 do outro, mais 30 de um lado e mais 30 do outro), até que estejam ligeiramente douradas e cozidas.
  7. Esse é tipo doritos!!!>>>Frite os tortillas, inteiras ou cortadas em triângulos ou tiras, em óleo quente até que dourem e escorra sobre papel absorvente.
  8. Guarde os tortillas já preparadas enrolados em pano limpo e, se desejar, aqueça no microondas ou no vapor, por 2 a 4 minutos.